30 de mai. de 2010

Alma.

Deitada em cima de uma pequena almofada com rebarbas de cor branca, pensava como faria para solucionar todos aqueles problemas que lhe atormentara, tornando impossível o trabalho das mãos daquele corpo o qual também fazia parte, e dificultando as pequenas pernas a andar sem qualquer preocupação. Consciência é seu nome. Ela tentava a todo instante explicar ao Coração, seu amigo, sobre tais sentimentos que lhe cercam e tamanhas frustrações que lhe persegue, porém essa, não conseguia fazer isso. Consciência preocupa-se demais com tudo e com todos. Coração sente demais por tudo e por todos. De fato, essa dupla vive em constante processo de adaptação a essa coisa que chamamos de vida... Tão boa e tão difícil. Tão alegre e tão preocupante.Tão tudo e tão nada.Os dedos que escrevem esse texto, não são nada mais, além de dedos. A mente que burbulha de idéias, é apenas uma mente.Mas tem alguém, lá no fundo, escondida, clamando. Sente-se aflita nesse instante. Precisa de encorajamento que o Coração não consegue dar e a Consciência já não suporta mais...Seu nome é Alma.

23 de mai. de 2010

Amizade.

Galera, vai aqui uma simples homenagem para um grande amigo, que também é meu primo...rs

Nascido em Janeiro do primeiro ano da década de 90, ele tem se mostrado, quando ainda nem mesmo sabia o que era vida, alguém de bom coração.O garoto o qual eu ensinei a ler, cresceu e tornou-se alguém de grande valor e que me alegra muito.Meu coração se enche de emoção quando para para dialogar com minha mente, e percebe que dentro dele, há muitos habitantes, mas num espaço reservado, encontra-se o nome do rapaz dono da tão doce voz, que não por sorte, mas por propósito do Criador, que o desenhou com tanto capricho, o fez ser meu primo.Com seu sorriso extraordinário e o amor que demonstra a essa que vos escreve, torna-se suspeito qualquer elogio que eu possa fazer.Mas ainda sim, mesmo que não me permitam, eu sigo em dizer:Tenho um grande carinho por ele.Acredito no dom que Deus lhe entregara e mas ainda, na capacidade que ele tem de exercer o mesmo.Somo primos, inseparáveis.Vou sempre interceder por ele e me alegrar todas as vezes que puder contemplar sua face diante da minha humilde presença.Primo, amo vc!

21 de mai. de 2010

O negrão do belo timbre.

"Da natureza, o homem perspicaz tirou o que há de melhor, 
para modelar seu corpo.
Não apenas de um único ser, mas de vários.
Alguns, viveram eternos anos para desenvolver suas mais fortes partes.
Outros enfrentaram as intempéries do clima, do gelo ao calor
Para possuir a flexibilidade e longevidade necessárias.
Há aquele que tem o breu da escuridão e a rigidez da rocha, para ser digno de ser parte do seu braço.
A mão do homem trabalha precisa e delicadamente para lhe dar a mão.
Pequenos detalhes fazem grandes diferenças.
Nuance, brilho, volume, timbre. Equilíbrio!!
Ninguém me ouve mais do que você.
Não existe nada em redor, quando escuto suas vozes.
Só você suporta as zilhões de repetições, sem reclamar.
O que mais poderia dizer, a não ser:
Obrigado meu amigo,
Meu violão!"



(texto de Renato Cezar)

9 de mai. de 2010

Belas tardes de domingo.


Quando criança, eu não era o tipo de menina que vivia grudada em bonecas que choravam e falavam de verdade e nunca sonhei em ser como a Barbie quando crescesse. Na verdade, eu era bem diferente das garotas que me cercavam. Essas usavam vestidos rodados, cabelos esticados e sapatinhos brancos, enquanto eu amava uma calça que me deixasse confortável, meus cabelos viviam trançados pela minha mãe, para eu não pegar piolho e meu maior sonho era lutar karatê. Entre brincar de casinha e brincar na rua, eu preferia a segunda opção.
Sempre gostei das brincadeiras de rua. Meu pés, não se cansavam de pedalar os pequenos pedais da bicicleta semi-nova, que meu pai me dera. Meus joelhos viviam sendo amortecidos, pois eu amava brincar de vivo ou morto (aquela brincadeira que ficamos levantando e abaixando sem parar).Tudo isso me fazia feliz, eram momentos únicos e perfeitos que eu vivenciava.E dentro desses momentos maravilhosos, cabe aqui, as tardes de domingo na casa do avô Ismael.
Era perfeito quando se reunia toda a família na casa do velhinho de pequena estatura que apelidava todos os vizinhos. Nossas mães se reuniam na cozinha, e falavam de dietas enquanto aguardava a Tia Bete fazer a comida. Os homens ficavam na sala, assistindo algum filme que o tio Beto havia alugado, e nós crianças, estávamos na rua, nos divertindo com pega-pega, esconde-esconde e nos intervalos, comprávamos geladinhos (eu sempre queria o de manga ou goiaba, embora o que fazia mais sucesso era o de coco queimado) na Dona Dirce, que por sinal, sempre nos observara do portão de sua casa.
Crianças venham comer!Diziam as vozes lá da cozinha. Nós entravamos e nem nos preocupávamos em lavar as mãos. Íamos direto para a mesa, e saboreávamos um delicioso almoço, composto por macarronada, frango assado e tubaína de laranja, que comprávamos na dona Izildinha. Eram tempos felizes, e que agora ficam guardados a sete chaves, na caixa de lembranças localizada na memória de uma jovem que sonha no futuro e sente saudade de sua infância bem vivida.

5 de mai. de 2010

Uma breve reflexão.

Em determinados momentos de nossas vidas, paramos para pensar sobre tudo aquilo que vivenciamos, sobre pessoas que conhecemos, lugares por onde passamos, e isso não acontece apenas quando estamos entediados.

Embora as pessoas julguem o tédio como algo chato, eu avalio o mesmo (depois de ler um livro de Billy Graham) como uma situação positiva, logo que, através dele percorremos áreas não tão movimentas em nosso ser, e fazemos análises que em dias festivos, nem passam por nossas mentes.

Mas vamos agora ao que pretendo falar:

As pessoas (e eu me incluo nessa rede) vivem sempre pensando no amanhã.Não valorizamos (quase que na maioria das vezes) os momentos vividos no presente.

Sabe aquela história de que herói só se torna herói quando morre?É bem isso que acontece.
Só valorizamos momentos vividos, quando eles já se passaram e a possibilidade de revive-los não existe mais.

E será agora uma missão pra essa que vos escreve, passar a valorizar mais o "hoje".Porque isso basta.

E eu vou vivendo cada segundo, e vou entendendo a cada minuto, a infinita bondade de Deus ao criar tantas coisas boas para nós, seres desprezíveis.

Nathalia Camargo.
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